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Arquitetos: Luis Llopis ; Luis Llopis
- Área: 9107 m²
- Ano: 2008
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Fotografias:Javier Callejas
Descrição enviada pela equipe de projeto. Em um contexto urbano onde predominam as casas geminadas ou os blocos com pátios mínimos, a singularidade desse projeto consiste justamente na forma de interpretar esse ordenamento, com o objetivo de criar uma tipologia ideal, sem perder de vista o aproveitamento máximo das condições do terreno.
A solução final veio através das respostas imediatas que caracterizam a paisagem urbana do lugar, indiferenciada e monótona, optando assim, por concentrar o volume em dois blocos lineares de uso residencial, liberando um espaço comum entre ambos, que canaliza-se até o terceiro edifício de uso comercial, o qual atua como uma tela de fundo para a área de jogos. Isso permite criar a permeabilidade urbana ao fragmentar a quadra e possibilitar o cruzamento de vistas entre os diferentes blocos e entre a cidade.
Partindo das considerações anteriores, o projeto articula-se em três gestos formais:
O espaço da garagem comum, no subsolo, determina as lajes do térreo, mas mantem-se no mesmo nível do primeiro pavimento, organizando uma base de duas plantas que realça a horizontalidade da composição geral.
Outro gesto significativo que caracteriza o projeto é a simetria volumétrica das plantas do ático e acima dele. A solução final é resultado do aperfeiçoamento do ordenamento urbano local, que teve como objetivo atingir a porcentagem de ocupação prevista para o terreno, impulsionando a planta do ático três metros em direção ao interior, para compensar o recuo da fachada.
O terceiro argumento de composição é o tratamento cromático dos distintos volumes utilizando tijolos expostos, impermeabilizados em diferentes cores a cada plantas, tanto nas residenciais como nas comerciais. Em ambos os casos, os volumes estão contidos na grelha estrutural exposta, que desempenha o papel de uma malha onde seu valor compositivo é potencializado com o uso da cor.